
E passaram-se os três meses que dei a mim mesma, desde que escrevi o último post.
Não consigo fazer tudo. Esta é uma aprendizagem constante. Quero fazer tudo (leia-se: um montão de coisas diferentes...) mas esqueço-me que o tempo não estica e que eu tenho limites.
Especialmente depois de ser mãe. E, definitivamente, depois de ser mãe de dois. Pelo menos nesta fase, em que são tão dependentes de nós.
Os planos que fiz, enquanto estava grávida, tiveram de ser alterados. Não dá para ser mãe presente, trabalhar como arquitecta freelancer (não há licenças de maternidade, quando trabalhas por conta própria e estás a começar a construir uma carteira de clientes num novo lugar), fotógrafa, ser companheira, “blogger”, e fazer todas as pequenas (grandes) coisas que fazemos quando temos uma casa e uma família. E ser mulher. E dormir… E mais uns quantos projectos que tenho na manga…
Mesmo que tenhamos o melhor parceiro ao nosso lado. Mesmo que as nossas crianças se deitem cedo. Porque a maior parte do dia é delas (por opção, claro). Porque estamos longe dos nossos. Porque…
Assim, o recomeço (e a continuação) deste blog, que adoro e que quero ver florescer, teve que ser repensado.
Por agora vou escrever um post por semana, que publicarei à sexta-feira. Vou voltar ao Instagram, para partilhar as imagens que me tocam, porque a fotografia continua a ser uma paixão, mesmo que o tempo para pegar na câmara e ir seja pouco.
E como ainda estamos em Janeiro…
Bom Ano! Desejo-vos um 2020 cheio de amor e sonhos realizados.
A fazer experiências, em busca do desodorizante ideal
A cozinhar abóboras de muitas maneiras
A beber cacau quentinho
A ler este livro (será que consigo acabar esta saga este ano? Um dia hei-de voltar a conseguir ler um livro em dias, não em meses…)
A procurar o objecto ideal para o meu filho morder, roer, sugar (tem que ter alguma coisa para meter à boca. Maminha só quer para se alimentar e a chupeta… só não a atira à nossa cara porque ainda não consegue…).
A querer tanto que todos nós, humanos dos ditos “países desenvolvidos”, percebamos que temos de mudar a nossa maneira de estar neste planeta (o único onde, pelo que sabemos, é viável a nossa existência)
A desejar, cada vez mais, uma vida ainda mais simples
A apreciar a água que abunda na nossa terra, depois das (tão aguardadas) chuvas do final de 2019
A esperar o nascimento dos bebés de várias amigas que, por coincidência, têm DPP muito próximas (um já nasceu!)
A sonhar com uma boa noite de sono (na verdade, se me deitasse com eles, não seria difícil…)
A adorar o sorriso desdentado do meu pequenino
A considerar fazer pão do zero (já me ofereceram massa mãe, da qual cuido com desvelo), mas estou um pouco “assustada” com todo o processo. Confesso que pensava que era mais simples. Ou só parece complicado, devido à minha total inexperiência???
A pensar em quão único é cada ser humano e em como essa individualidade é visível desde os primeiros meses
A maravilhar-me com este pequeno vídeo (podiam ter-se focado no que de mau estamos a fazer ao planeta, mas escolheram mostrar o potencial do ser humano e a beleza e delicadeza da vida)
A precisar de um portátil novo (e olhem que não é consumismo. Já não me lembro de quantos anos tem - mais de 15, seguramente -, mas está literalmente a desfazer-se: tem uma mola a segurar o ecrã, uma braçadeira de plástico a aguentar o teclado e fita-cola a cobrir um canto partido…Além de ser tãoooooo lento. Mas suspeito que o próximo não se vai aguentar tanto tempo)
A seguir esta família
A reparar que, cada vez mais, surgem projectos de regeneração florestal, como este. Quem sabe se os nossos netos vão poder usufruir de imensos e belos bosques e florestas por este país fora, ao invés dos quilómetros de matas em monocultura que vemos hoje
A decidir só partilhar “notícias boas, positivas e construtivas”. O mote não é meu, mas de um site - inactivo neste momento, infelizmente, - que se chama(va)… boas notícias! Eu sei (todos sabemos), que coisas más, terríveis, acontecem todos os dias. Nunca fomos tão bombardeados (ao segundo!) como agora, com “tudo” o que se passa no mundo inteiro. Não me interpretem mal, não estou a esconder a cabeça na areia. Só que, para ser coerente com a minha maneira de ser, quero inspirar e apelar à mudança pela positiva
A marcar este livro
A gostar dos novos projectos de arquitectura que tenho em mãos. Que sorte “calharem-me” clientes espectaculares
A sentir uma profunda tristeza pelo que está a acontecer no outro lado do mundo. Para além de tudo o mais, a Austrália tem um lugar especial no meu coração. Se não fosse a distância, poderíamos estar a viver lá agora.
A petiscar mirtilos desidratados cobertos de chocolate negro
A ouvir “Hoje (o corvo)” dos Vozes da Rádio, em repeat, em cada viagem de carro. A minha filha apaixonou-se pela bela voz do nosso amigo Mário João.
And the three months I gave myself just passed way. Three months since my last post.
I can't do everything. This is a constant learning. I want to do everything (read: a bunch of different things...), but I forget that time it isn't stretchy, and that I have limits.
Particularly after being a mother. And definitely after being a mother of two. At least during this phase, when they are so dependent on us.
I had to change the plans I made while pregnant. It's not possible to be a present mother , work as a freelancer architect (there's no maternity leave when you're self-employed and you're starting to build your client portfolio in a new location), photographer, being a partner, "blogger", and to do all the (big) stuff we do when we have a family and a home. And being a woman. And sleeping… and some more projects I have up in my sleeve…
Even if we have the best partner ever beside us. Even if our children lie down early. Because most of the day is theirs (by our choice, of course). Because we’re away from our owns. Because…
In this way, the resumption (and continuation) of this blog – which I love and I want to see flourish – had to be rethought.
For now, I'll write a post a week that I'll publish on Friday. I'm going back on Instagram; I want to share what touches me: photography remains a passion, even if the time to take the camera and to go is short.
And since we're still in January…
Happy New Year! I wish you a 2020 full of love and dreams made reality.
Making experiences, in search of the ideal deodorant
Cooking pumpkins in many ways
Drinking warm cocoa
Reading this book (I wonder if I’m able to finish this saga this year… one day I’ll shall read again one book in days, not in months)
Searching for the ideal object for my son to bite, gnaw, suck (he has to have something to put in his mouth. My breast is only to feed him and the soother… he doesn’t throw it to our face because he can’t… yet)
Wanting so much that all of us – humans from so-called “developed countries” – realize that we must change the way we are in this planet (as far as we know, this is the only one where our life is viable)
Wishing, each time more, for an even simpler life
Enjoying the water that abounds in our land, after the (long-waited) rains of the end of 2019
Waiting for the birth of babies from some friends, which the expected birth dates are, coincidently, very close (one of them has already been born!)
Wondering about a good night sleep (actually, that wouldn't be difficult if I’d lay down with them…)
Loving my little boy’s toothless smile
Considering baking bread from scratch, but I’m a little bit “scared” with such a process (I’ve already been offered mother dough, which I take care with diligence). I must confess: I thought it would be simpler
Thinking how unique is each human being and how this uniqueness is visible from the first months of life
Marveling myself with this short video (they could have focused on what bad we’re doing to the planet; instead, they choose to show the potential of the human being and the beauty and delicacy of life)
Needing a new laptop (look, this isn't consumerism. I can’t recall how old this one is - over fifteen years - but it's falling apart, literally: there’s a spring holding the screen, a plastic clamp sustaining the keyboard and tape-glue covering a broken corner… Furthermore, it's soooo slow. But I suspect the next one won’t last that long)
Following this family
Noticing the increasing of forest regeneration projects like this one. Who knows our grandchildren will have the chance to enjoy great extensions of beautiful woods across this country; instead of the kilometres of monocultures forests that we see today
Deciding to share only “good, positive and constructive news”. This motto it’s not mine. It’s from a site (in portuguese) – idle at this point, unfortunately –, called… good news! I know (we all know), bad and terrible things happen every day. We’ve never been so bombarded with ‘everything’ that’s going on worldwide (every second!). Please, don’t misunderstand me, I’m not hiding my head in the sand. But to be consistent with myself, I wish to inspire and call for change by positive
Bookmarking this book
Liking the new architecture projects I have at hand. I’m so lucky with my costumers; they’re great!
Feeling a profound sadness because of what’s happening in the other side of the world. Moreover, Australia has a very special place in my heart. If it wasn’t so distant, we could be living there now
Snacking dehydrated blueberries covered with dark chocolate
Listening “Hoje (o corvo)” of Vozes da Rádio in repeat, during each car trip. My daughter fell in love by the beautiful voice of our friend Mário João.
Olá!
Bom ano! 🙂
Sobre o desodorizante, já experimentas-te bicarbornato de sódio e sumo de limão?
Sobre o objecto para o teu filho morder, já experimentas.te uma tira de tecido e fazeres vários nós? Até podes atar as duas pontas e fazeres como se fosse um “circulo” com vários nós… não sei se consegues perceber a ideia… A minha mais nova também não quis a chupeta, percebo-te bem, mas ficou a chuchar no dedo e agora com dois anos é que a coloca na boca! (Sim, a mesma chupeta que lhe comprei aos 4 meses! Alterna entre dedo e chupeta! Vá-se lá compreende-los!)
Sobre o pão… Força! Experimenta! Vai-te a ele 🙂 é exigênte em termos de amassar, dependendo da massa, mas é simples, depois de fazeres vais ver!
Obrigada pelas partilhas!
Diana
Olá Diana!
Obrigada pelo carinho e pelas dicas.
A minha pele não se dá bem com o bicarbonato. Estou a experimentar receitas sem. Depois digo qual resultou.
Essa dica da tira parece-me óptima, vou experimentar já amanhã! É que ele fica mesmo desesperado por chuchar em algo. Quase desde que nasceu. Às vezes usa o dedo mas parece que ainda não é o que realmente quer.
E obrigada pelo incentivo para o pão 😉
Um beijinho,
Ema